Memória

A Universidade do Rio Grande do Norte nasceu em 1958, formada a partir das instituições de nível superior existentes em Natal na época: a Faculdade de Farmácia e Odontologia, a Faculdade de Direito, a Faculdade de Medicina, a Faculdade de Filosofia e a Escola de Serviço Social.

"A 29 de janeiro de 1959, Onofre Lopes, cujo nome encabeçava lista tríplice encaminhada pelo Conselho Universitário ao Governador, é nomeado Reitor da nova instituição, cargo que exercerá durante 12 anos. O primeiro Vice-Reitor é Otto de Brito Guerra, eleito a 06 de fevereiro do mesmo ano pelo Conselho Universitário". (NEWTON JÚNIOR, 2008).

A federalização ocorreu no ano seguinte, sancionada pelo Presidente Juscelino Kubitschek. De 1959 a 1975, a Reitoria da Universidade do Rio Grande do Norte funcionou no prédio situado na Av. Hermes da Fonseca, n° 780, no Bairro do Tirol – atual sede do Comando do 3º Distrito Naval.

Na década de 1970 foi iniciada a construção do Campus Central da UFRN em Natal, em uma área de 123 hectares no bairro de Lagoa Nova e em 1975 foi inaugurado o prédio projetado pelo arquiteto paraense Alcyr Meira para a Biblioteca Central, o qual acomodou provisoriamente o Gabinete do Reitor.

Em 1979 foi inaugurado o atual prédio da Reitoria no Campus Central, projetado pelo arquiteto paulista Carlos Bross.

"Encontram-se reunidas no edifício da Reitoria muitas das características formais brutalistas, mas o produto arquitetural distancia-se dos princípios norteadores do movimento na origem. Alguns aspectos contrários àquela proposição, especialmente a ênfase dada a elementos ornamentais apostos às fachadas, parecem justificados na sede da administração central pelo cunho simbólico do edifício. Entretanto, a recorrência de casos que apresentam resultados formais afins em várias partes do mundo, independentemente de suas conotações metafóricas, sugere que a Reitoria representa, em Natal, a tendência de dissolução conceitual em amaneiramento estilístico, de amplitude internacional, que ocorreu durante a fase de disseminação daquela vertente de vanguarda. Princípios viraram formatos, conceitos materializam-se em ornamentos, diversidade em miscelânea, especificidades em excessos" (TRIGUEIRO, 2008).

 FONTES/ REFERÊNCIAS

Acervo da Superintendência de Infraestrutura da UFRN.

NEWTON JÚNIOR, Carlos et al (Org.). Portal da memória: Universidade Federal do Rio Grande do Norte: 50 anos (1958 – 2008). Brasília: Senado Federal, 2008.

TRIGUEIRO, Edja Bezerra Faria. Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. In: NEWTON JÚNIOR, Carlos et al (Org.). Portal da memória: Universidade Federal do Rio Grande do Norte: 50 anos (1958 – 2008). Brasília: Senado Federal, 2008. p. 45-72.